sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

By Appointment to Her Majesty The Queen

Um legítimo Puro Sangue Inglês

16 comentários:

  1. Jaguar, mais conhecido com "pesadelo" ou na sua versão Daimler de "jewish boys bentley", hahahahaha.

    Como me disse uma vez o velho Camilo, não freia, não curva, tem cambio duro e não acende nenhuma lâmpada, mas não quebra.

    Adoro Jaguares, mas aí já deve ser alguma "tara", não há razão objetiva para se gostar deles.

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  2. Jaguar 4.2, com 235 HP.
    Este E-type, com 40 anos nas costas, ainda tem fôlego para dar poeira em muito carro novo.
    Anda muito, freia bem e faz curvas !
    Sem dúvida, um dos carros mais bonitos jamais fabricados !

    Zullino,
    O Camilo era meio falastrão, né ?
    O pessoal das carreteiras e dos mecânica continental davam a vida por uma caixa Moss.
    E suspensão traseira deste carro foi adotada pelos Ford Cobra, inclusive com o excelente diferencial blocante Salisbury.
    Só concordo com a estória das lâmpadas !
    Os ingleses até apelidaram Joseph Lucas de "The Prince of Darkness"

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  3. Vamos devagar, o Ford Cobra ou melhor o AC era um carro copiado de uma Ferrari Barchetta. Quem fez o chassis foi o John Tojeiro, um portuga que tinha mãe inglesa e que depois que o pai morreu foi viver na Inglaterra. Fez coisas interessantes e ficou famoso, mas aí veio o Chapman. O Tojeiro usou molas semi elípticas transversais como os Fords, solução razoável, até Maseratis usavam esse sistema. Os Cobra com motor 289 ainda usavam esse sistema. No entanto, quando colocaram o motor 7 litros a coisa desandou, nem cabia com aquele feixe de molas passando na frente do motor. Fizeram uma suspensão de triângulos para a frente e copiaram a do XKE atrás, mas isso não serve de exemplo porque os Cobras sempre foram carros adaptados e de força bruta, se não me engano foi o carro que mais matou propriootários.

    O Camilo falava com um certo carinho, mas tinha razão, as merdas não freiam, pelo menos, não freiam quando devem. Acho que ele falava de Alfas, Ferraris e Maseratis, mas no fundo gostava de Porsches, só ia para Santos com um 911 cinza todo mandracado, não largava esse carro.

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  4. Ôpa, ôpa !
    O AC era isto mesmo, por sinal uma catraia.
    Mas quando o Shelby "encomendou" as baratas para enfiar o V8, teve que modificar muita coisa, porque o carro não parava no chão !
    E uma delas foi substituir o saltitante eixo traseiro com feixe de mola de Ford 29, pela ponte inteira do E-type / S type.
    Quanto a matar, o Cobra só pegou braço-duro, que não tinha noção do comportamento de um carro leve com blocante. Acelerou demais em curva, sai na tangente. Se tiver muro, vai catar os pedaços com espátula...
    O E-type com freios Dunlop era problemático. E não era raro perder uma pinça quando gastava as pastilhas.
    Melhorou muito quando colocaram os Girling.
    Mas o grande problema de freio destes carros nunca afetou os ingleses !
    Só pega nos LHD, pela proximidade dos burrinhos com o coletor de escapamento. Some-se a isto um fluido Dot 1/2, dá zica !
    O Camilão gostava mesmo dos Porsche. Eu o conhecí em 1964 quando ele dava manutenção em um 356 de um primo. E acabou de se render quando vendeu a GTO e comprou aquele 930 azul.
    Ele estava preparando um 914 com motor 3.2 para as provas de endurance. Andei dando uma mão para ele com o câmbio. Ele ia montar uma relação Nurburgring. Mas não deu tempo.

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  5. A última vez ue ví o Camilo foi na Dacon. Ele e a mulher num 911 se não me engano preto.

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  6. Camilo na Zona sul ? E com a "Wirma" ? Neste dia deve ter chovido ! Hahahahahhh...
    Certa vez, o Camilo injuriado contou:
    - A "Wirma" me correu de casa !
    Mas porque ?
    - Só porque eu dei a ela um jôgo de panelas de presente de aniversário...

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  7. Era cinza chumbo, quase preto. O Camilo levava a gente no bar na rua Itaqui e mandava servir leite com groselha, não deixava a molecada tomar café e cerveja nem pensar.

    Ele brincava com o Wilsinho, Pace e outros quando estes faziam boas voltas, pegava no pulso deles e ficava gozando dizendo que iam ter infarte.

    A melhor dele foi no programa do Antonio Carlos Scavone. O Camilo queria porque queria ir para Indianápolis correr lá. A entrevista foi uma divertida do começo ao fim.
    O programa era formal, os meninos tipo emerson, Wilsinho iam de terno, pois o Scavone estava querendo mudar a imagem do automobilismo. Falavam só coisas sérias, se esforçavam para falar bem e sem erros.
    Aparece o Camilão de camisa Lacoste, sotaque do Canindé e garra a falar, faz um monte de brncadeiras, dá uma tiradas para cima do Scavone que ficou meio sem jeito no início, mas era macaco velho e deu trela para o Camilão que mandou ver. Foi um dos melhores programas Autoesporte, o Camilão falava de tudo sem o menor problema. Uma figuraça, um ídolo simples e morreu muito cedo.

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  8. Isto vc foi buscar do fundo do bau !
    Eu lembro deste programa. Foi ótimo !
    A morte do Scavone foi outra pesada perda para o nosso automobilismo. No acidente de Orly, foi-se também o Agostinho dos Santos.
    Gostaria de ter visto o Camilão em Indianápolis. Ele merecia esta.

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  9. Conheci o Geraldo, comandante do 707 acidentado em Orly...
    Tempos depois, ele desapareceu com outro 707 sobre o Pacífico, até hoje não acharam, tava transportando toda a coleção de pinturas do Tomie Otake para o Japão. Sumiu na rota São Francisco-Toquio...

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  10. O Scavone foi o cara. Lançou a Autoesporte em 1964/65 e despertou em todo mundo a paixão pela F1. Começou a fazer o programa Autoesporte na antiga Organizações Victor Costa, canal 5 que foi a origem da Globo em São Paulo. Estava indo trazer a f1 para o Brasil e a êle devemos isso. No entanto, nunca vi o Scavone ser lembrado por ninguém.

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  11. Pé,
    As obras eram de Manabu Mabe e não da Tomie. Esse Geraldo era nissei, não?

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  12. Zullino,
    VC tem toda a razão ! Parece que ninguém se lembra disto. Na verdade, o Scavone, junto com o Mario Pati do ACESP e o Borgheti da Globo trouxeram a primeira prova extra campeonato em 1972.

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  13. Pé,
    O seu amigo era um predestinado ! Arre...

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  14. Tem razão, Zullino, troquei os japas...
    Mas dizem que japa é tudo igual, né?
    Acho que foi por isso.
    O Geraldo não era nissei não, era bem brasileiro, se não me engano com ascendência nordestina...
    Eu o conheci no Campo de Marte, uns meses após a queda de Orly...Batemos um papo, ele disse que logo voltaria a voar, e sumiu de novo.
    Acho que era o destino dele, mesmo.

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